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Podemos Deixar Nossas Redes Sociais de Herança?

Com o quanto nossas vidas estão conectadas ao digital, surge uma pergunta que parece simples, mas traz reflexões profundas:
Será que podemos deixar nossas redes sociais como herança?

Fotos de família, vídeos marcantes, textos que emocionam, conquistas compartilhadas, memórias que não estão em álbuns, mas em timelines. O que acontece com tudo isso depois que a vida muda de plano?


📱 Um novo tipo de legado — e um novo tipo de patrimônio?

Há alguns dias, uma influenciadora digital emocionou seguidores ao dizer que, quando partisse, deixaria seu perfil no Instagram para sua filha.
A declaração, simples e carinhosa, gerou uma onda de comentários. Outras criadoras também compartilharam o mesmo desejo: que suas redes sociais se tornem um legado, uma forma de continuar presente na vida de quem fica.

Mas o tema vai além do afeto.

Hoje, algumas contas movimentam cifras milionárias, têm contratos com marcas, parcerias em andamento e uma base de seguidores tão fiel quanto qualquer empresa consolidada.
É real: existem perfis que, se fossem avaliados financeiramente, valeriam mais do que carros de luxo, imóveis e até negócios tradicionais.

Será que estamos prontos para lidar com redes sociais como parte do patrimônio familiar?


👣 Herança digital: o que é isso?

É tudo aquilo que deixamos no ambiente virtual:

  • Redes sociais
  • E-mails
  • Arquivos em nuvem
  • Vídeos e imagens
  • Mensagens
  • Sites, blogs, domínios
  • Senhas armazenadas
  • E até carteiras digitais

Alguns desses itens têm valor afetivo. Outros, valor financeiro. E todos eles dizem muito sobre quem fomos — e o que deixamos para o mundo.


💚 O impacto para quem fica

Para as famílias, lidar com a herança digital pode ser um gesto de amor, mas também um desafio.
Deixar tudo isso sem instruções pode gerar confusão, desgastes ou até disputas. Já refletir com antecedência pode trazer conforto e clareza.

Algumas pessoas optam por deixar suas contas ativas como espaço de homenagem. Outras preferem o encerramento. Algumas redes, como o Facebook, já permitem que você indique quem cuidará do seu perfil após sua partida.

Mas e quando a rede social é também fonte de renda? E quando o conteúdo continua gerando lucro mesmo depois da morte?


⚖️ Existe lei para isso?

No Brasil, o tema ainda está sendo discutido. Algumas plataformas têm suas próprias regras, mas ainda não há legislação unificada que trate da herança digital como um bem sucessório.

Em outros países, o debate já envolve testamentos digitais e até disputas judiciais por acesso a contas valiosas.
Por aqui, muitos especialistas recomendam incluir esse tipo de desejo em testamentos e conversar abertamente com a família.


🌿 Um novo jeito de cuidar

Aqui no Memorial Campo da Paz, acreditamos que falar sobre o futuro é uma forma profunda de cuidar da vida.
E pensar sobre o que acontece com nossas redes sociais também é uma maneira de preservar memórias, proteger valores (emocionais e financeiros) e garantir que aquilo que construímos com carinho continue sendo respeitado.


📌 E você? Já pensou no que gostaria que acontecesse com seus perfis?

Conversar com a família, deixar orientações claras, refletir sobre o que deve ser preservado — tudo isso faz parte do planejamento afetivo.
E estamos aqui para apoiar você nesse processo, com acolhimento, sensibilidade e informação.


Memorial Campo da Paz
Um lugar de conexão com a natureza, com a memória e com o que realmente importa. 🌿

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